A Secretaria da Fazenda e Planejamento deu início nesta quinta-feira (17) à operação Pseudo Pluma,
com a finalidade de desarticular esquema de sonegação baseado na
criação de empresas "fantasmas" e na transferência de créditos espúrios
de ICMS para indústrias têxteis instaladas no Estado de São Paulo. O
objetivo principal é recuperar mais de R$ 22 milhões do imposto que
deixou de ser recolhido aos cofres paulistas desde 2016.
A ação acontece simultaneamente em três Delegacias Regionais Tributárias (DRTs) do Estado de São Paulo e tem como alvos cinco contribuintes do município de São Paulo e dois de Tupi Paulista. Os 15 agentes fiscais que participam da operação terão o apoio da Divisão de Crimes Contra a Fazenda do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania da Polícia Civil no cumprimento de um mandado de busca e apreensão em contribuinte da Capital.
O trabalho de monitoramento desenvolvido pela
Supervisão da Setorial Têxtil, em conjunto com a área de Inteligência da
Diretoria de Fiscalização, detectou que algumas grandes indústrias
estariam comprando algodão de atacadistas paulistas, em vez de
adquirirem o insumo diretamente dos produtores ou cooperativas dos
Estados produtores, na região Centro-Oeste. A suspeita é de que essa
sistemática teria sido arquitetada de forma fraudulenta, com a
interposição de atacadistas simulados.A ação acontece simultaneamente em três Delegacias Regionais Tributárias (DRTs) do Estado de São Paulo e tem como alvos cinco contribuintes do município de São Paulo e dois de Tupi Paulista. Os 15 agentes fiscais que participam da operação terão o apoio da Divisão de Crimes Contra a Fazenda do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania da Polícia Civil no cumprimento de um mandado de busca e apreensão em contribuinte da Capital.
Esta configuração tem uma vantagem tributária: nas operações interestaduais (comprando dos Estados produtores), a indústria têxtil aproveita crédito de ICMS de 12%, correspondente à alíquota interestadual. No entanto, nas operações internas (comprando do atacadista paulista) o crédito do ICMS é de 18%, correspondente à alíquota interna da mercadoria.
Ao simular esse trânsito da mercadoria (produtores ➱ atacadistas paulistas ➱ indústria têxtil), as indústrias recebem o algodão com crédito de 18% e o saldo devedor de ICMS (a diferença de 6% das alíquotas) fica com os atacadistas simulados, que muitas vezes se utilizam de um segundo nível de empresas fictícias para transferir créditos e abater do saldo devedor, sem recolhimento nenhum ao Estado de São Paulo. (Veja o esquema representado na figura abaixo)
Além de buscar a recuperação de mais de R$ 22 milhões em impostos sonegados, a operação Pseudo Pluma irá identificar as indústrias que se beneficiaram do esquema fraudulento, bem como as pessoas físicas que concorreram para a fraude.
Fonte: SEFAZ SP, 17.10.2019