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O plano do Governo Federal para o escoamento da safra de grãos destinados à exportação e, também, o agendamento dos caminhões que seguem com destino ao Porto de Santos (SP) foram apresentados nesta terça-feira (28.01), em Cuiabá. As medidas atingem toda a cadeia logística, desde o município de origem da carga até a chegada dos caminhões aos terminais portuários, e visam mitigar riscos de congestionamentos. Por ano, Mato Grosso é responsável por cerca de 50% dos grãos que chegam ao Porto de Santos, uma média de 180 mil operações.
O secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Miguel Bianco Masella, propôs três alternativas para melhorar o escoamento de grãos, minimizando os problemas ocorridos no ano passado: dar saídas para a produção pela BR 163 ao norte; incentivar ao máximo o transporte ferroviário; e o agendamento dos caminhões, a principal delas, segundo ele. ¿O problema não é a fila, é fazer a fila andar, e para a fila andar só tem um jeito, ou seja, organizar a fila¿, explicou.
Para Masella, quando vai para Santos não é uma fila só. ¿Quando os caminhões chegam em Santos pulveriza para 40 filas, porque lá tem 40 terminais. Então, o que deve ser organizado basicamente é dentro de Santos. Não é o problema daqui até Santos, o principal é organizar lá mesmo. As soluções apresentadas aqui não são paliativas, são soluções que vão dar resultado e vamos aproveitar depois¿, garantiu o secretário-executivo.
A apresentação do Plano de Implantação da Safra 2014 ao Porto de Santos ficou a cargo do diretor de Informações Portuárias do Ministério de Portos, Luis Montenegro. Ele destacou a necessidade de uma ação conjunta entre Estado e União para evitar novos congestionamentos nos acessos ao porto a partir do mês que vem, quando se intensificam os embarques da safra. ¿O cumprimento do agendamento dos caminhões que seguem em direção ao Porto é a principal ferramenta para evitar esses congestionamentos¿, comentou.
COLABORAÇÃO
O secretário-adjunto da Receita Pública da Secretaria de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz-MT), Jonil Vital de Souza, destacou que o Governo do Estado vai apoiar o Governo Federal naquilo que for possível. ¿Vamos colaborar basicamente com os nossos pontos de controle, em especial os Postos Fiscais Benedito Corbelino, Alto Araguaia e Renato Simião, para que o impacto do escoamento da safra não seja tão danoso como em anos anteriores, com travamento total de veículos, não só em Santos, mas em Mato Grosso, na divisa com Goiás¿, ressaltou Jonil.
Ele disse que esta discussão faz parte de um projeto muito maior, o Brasil ID, que vai utilizar a partir deste ano uma ferramenta que permite o rastreamento automático de cargas e documentos fiscais eletrônicos de veículos de carga, por meio de chips de Identificação por Radiofrequência (RFID). ¿Os caminhões vão circular com chips que permitirão a identificação da mercadoria no sistema do posto fiscal. Mato Grosso será pioneiro nesta ferramenta¿, completou o adjunto.
Também participaram da reunião representantes do Ministério da Agricultura, Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Empresa de Planejamento e Logística S.A. (EPL), MT PAR, e entidades envolvidas no trânsito de produtos agrícolas.
Fonte: SEFAZ Mato Grosso - 28/01/2014
