quarta-feira, 30 de abril de 2014

SC: Gerente de malharia suspeito de envolvimento em esquema de fraude fiscal é solto em Joinville

Justiça concedeu alvará de soltura para Rudinei Luchtemberg. Casal de empresários da Tecnomalhas continua detido

O gerente da empresa Tecnomalhas, Rudinei Luchtemberg, um dos suspeitos detidos na operação “Têxtil Joinville” na semana passada, deixou o Presídio Regional de Joinvile no início da noite desta quarta (30), após a Justiça conceder o alvará de soltura em pedido aberto pelo advogado João Carlos Harger Júnior. O casal de empresários Osvaldo Filomeno Constante Dutre e Lídia Ester Constante Dutra, donos da malharia também presos na operação, continua detido. A prisão deles passou de temporária à preventiva, conforme pedido do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), para não prejudicar o andamento do processo.


A operação foi deflagrada pelo Gaeco no dia 22 de abril
Conforme Harger, que não está mais defendendo os interesses do casal no caso, o juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Joinville entendeu que a situação de Luchtemberg no suposto esquema de fraude não caberia a manutenção da prisão. “Não ficou evidenciado nas investigações o envolvimento específico dele. Portanto, não tem motivos para ele ficar preso”, comentou o advogado. Apesar da liberdade, o gerente deverá obedecer medida cautelar da Justiça, que proíbe o funcionário de voltar a trabalhar na empresa. "Ele deve se manter afastado das atividades", informou Harger.

A operação foi deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) em ação aberta pelo MPSC para apurar desvios fiscais da ordem de R$ 15 milhões. No dia 22 de abril, uma força-tarefa integrada pela Secretaria de Estado da Fazenda, MPSC, polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal, com a participação do Instituto Geral de Perícias, cumpriu mandados de prisão preventiva, de busca e apreensão, de sequestro de veículos e de bloqueio de contas bancárias de pessoas físicas e empresas do setor têxtil.

Resultado de oito meses de investigação, a operação denuncia um esquema de sonegação fiscal pela redução de tributos na fabricação e no comércio de peças do vestuário na região Norte de Santa Catarina. Além de Joinville, mandados foram cumpridos em Itajaí, Florianópolis e Criciúma.

Fonte: Notícias do Dia, 30/04/2014