terça-feira, 10 de dezembro de 2013

MG: Seis pessoas são presas suspeitas de sonegar R$ 150 milhões em ICMS

Mandados foram cumpridos em BH, Betim, Contagem, e Jundiaí (SP).

Polícia disse que 2 pessoas estão foragidas, entre elas, o líder do esquema.
 
O Ministério Público, a Receita Estadual e a Polícia Civil de Minas Gerais fizeram, nesta terça-feira (10), uma operação batizada de “Concorrência Leal” para combater a sonegação fiscal no estado. Empresas que deixavam de pagar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) podem ter dado um prejuízo de R$ 150 milhões aos cofres públicos. Seis pessoas foram presas.
 
Policiais civis e auditores fiscais da Receita Estadual se reuniram com promotores de Justiça e delegados ainda de madrugada. No total, quase 200 pessoas participaram da operação. As equipes saíram para cumprir oito mandados de prisão e 28 de busca e apreensão em Belo Horizonte e em cidades do interior do estado.

Em uma casa em Betim, na Região Metropolitana da capital mineira, os policiais fizeram buscas. Um homem que seria dono de uma distribuidora de bebidas, em Contagem, na Grande BH, foi preso.
 
Segundo a polícia, empresas mineiras compravam mercadorias, principalmente bebidas alcoólicas, no Espírito Santo. A companhia capixaba emitia nota fiscal para empresas do Distrito Federal.
 
Só que os documentos eram trocados em Minas por meio de empresas de fachada. Elas simulavam notas fiscais retirando o valor do ICMS, mas o imposto nunca era pago. Com isso, as mercadorias eram vendidas a preços mais baixos.
 
Em uma distribuidora de bebidas, alimentos e material de limpeza, que fica na Ceasa Minas, em Contagem, foram encontrados documentos fiscais em nome de firmas de vários estados.
As empresas começaram a ser investigadas pela polícia há cerca de dois anos. Neste período, a estimativa é que aproximadamente R$ 150 milhões foram sonegados. Além das seis pessoas presas, duas estão foragidas, entre elas, o líder do esquema.
 
O delegado Denilson dos Reis Gomes disse que os suspeitos serão indiciados por sonegação fiscal e formação de quadrilha. Se condenados, podem pegar de dois anos a oito anos de prisão. A Polícia Civil de Minas também cumpriu mandados de busca e apreensão em Jundiaí, no interior de São Paulo.
 
Fonte: G1 MG -09/12/2013